Em uma medida muito semelhante à que a Argentina impôs em fevereiro, para carros importados de alta capacidade, o governo brasileiro estabeleceu que carros prontos agora estarão sujeitos a licenciamento não automático para entrar no país, a medida atinge principalmente Argentina, México e Coreia do Sul. O motivo seria a mesma que a apresentada pelo governo argentino para estabelecer a medida protecionista: reduzir o déficit comercial no setor automotivo.
No ano passado, as importações de automóveis no Brasil aumentaram 55,7%. Mas com o real valorizado frente ao dólar desde janeiro-abril o aumento foi acelerado a 80%.
A medida imposta pelo governo brasileiro, é motivo de preocupação para o governo de Cristina Kirchner, já que 39% das exportações da Argentina para o Brasil provem do setor automotivo do Brasil.
Na fronteira entre o Brasil e a Argentina há cerca de 67 caminhões cegonhas carregados com carros e componentes – parados aguardando.
Segundo o Estadão, essa ofensiva do governo tentará forçar a Argentina a rever as barreiras que dificultam a entrada de produtos brasileiros naquele País. Uma fonte do governo afirma que a liberação das importações dos outros mercados, que não o argentino, será de maneira acelerada. Os pedidos para importação desses produtos da Argentina serão retidos.
Das dezenas de modelos afetados pela Licença não Automática que foi estabelecida na Argentina meses atrás, não há veículos fabricados no Brasil. As LNA obrigam a tramitar uma permissão de importação, unidade por unidade, e podem esticar o prazo dos trâmites aduaneiros em até 60 dias.
[Fonte externa: Autoblog Argentina, Estadão]
