Guest Post por Gabriela Ribeiro – Se alguns preferem Piquet enquanto outros são entusiastas de Senna, uma coisa é verdade: o Brasil carece de um novo ídolo do automobilismo. A geração dos anos 90 pouco acompanhou a carreira de Ayrton Senna, a não ser pela história que hoje é contada de diversas maneiras diferentes (você pode conferir um vídeo sobre a exposição Senna Emotion no Entrando no Jogo).
O legado da alta velocidade dos maiores pilotos da Fórmula 1 que o Brasil já teve foi passado de forma hereditária. Nelsinho Piquet e Bruno Senna herdaram os sobrenomes do pai e do tio, mas carregar a responsabilidade de surgir como expoente de uma modalidade não é um trabalho fácil. O filho de Piquet, inclusive, enfrentou polêmicas que levaram seu nome ao centro de investigações da FIA, mas não ao topo do pódio, pelo menos não o da categoria de maior prestígio do automobilismo. Hoje, Nelsinho pilota na NASCAR e conseguiu, no começo do ano, o melhor resultado da carreira ao chegar em primeiro lugar na etapa de Sargento 200. Bruno Senna ainda corre Fórmula 1, mas seu resultado de maior expressão da carreira foi o sexto lugar no GP da Malásia no início da temporada de 2012. São resultados que valem a menção, mas não intitulam um ídolo.
Pode ser que um referencial de campeão para o automobilismo do Brasil surja dos velhos nomes que ainda estão na ativa. Melhor do que isso seria, de fato, que uma nova geração de pilotos brasileiros voltasse a trazer resultados satisfatórios, a partir do trabalho que é realizado. Já faz mais de 20 anos que o país não consegue se reafirmar na modalidade. Rubens Barrichelo e Felipe Massa ainda tentam entrar para a lista de seletos campeões. Ao que tudo indica, entretanto, vai ser preciso esperar e torcer para que a escola do kart traga novos talentos brasileiros para o primeiro lugar do pódio.
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